Como a violência doméstica impacta o lado emocional das mulheres?
A violência doméstica tem impacto devastador e duradouro no
lado emocional das mulheres, afetando sua saúde mental e bem-estar. A dor de conviver
em um ambiente de medo e controle constante pode ser fonte geradora de vários transtornos
físicos, psicológicos e emocionais, como:
- Baixa
autoestima e sentimento de culpa: A violência, especialmente a
psicológica, com humilhações e insultos, faz com que a mulher se sinta
inferior, incompetente e sem valor. Muitas vezes, ela é levada a crer que
é a culpada pela violência, desenvolvendo um sentimento de vergonha e
responsabilidade pela situação.
- Transtorno
de Estresse Pós-Traumático (TEPT): Viver em constante estado de alerta
e de medo pode levar ao desenvolvimento do TEPT. Isso se manifesta através
de flashbacks e pesadelos recorrentes sobre os abusos, ansiedade
severa, irritabilidade e dificuldade de concentração. A mulher pode se
sentir constantemente "superalerta", como se estivesse sempre
esperando o próximo ataque.
- Depressão
e ansiedade: A violência é um fator de risco significativo para
quadros de depressão, com sintomas como tristeza persistente, falta de
interesse em atividades que antes davam prazer, isolamento social, e em
casos graves, pensamentos suicidas. A ansiedade crônica também é muito
comum, caracterizada por preocupação excessiva e um estado constante de
tensão.
- Isolamento
social: O agressor frequentemente tenta afastar a vítima de sua rede
de apoio, como amigos e familiares. Isso aumenta a dependência da mulher
em relação a ele e a deixa mais vulnerável, agravando a solidão e a
sensação de desamparo.
- Dificuldade
de tomar decisões: A violência, especialmente a psicológica, que
envolve manipulação e controle, prejudica a capacidade da mulher de tomar
decisões. Ela pode se sentir insegura e com medo de agir, pois é
constantemente criticada ou desvalorizada pelo parceiro.
Esses impactos emocionais podem se estender por anos,
prejudicando sua capacidade de se relacionar com outras pessoas, de trabalhar e
de viver uma vida plena e saudável.
Se você está experimentando uma situação doméstica assim,
procure ajuda!
Ana Echevenguá. Terapeuta Positiva.
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