Suicídio na
infância e adolescência
Nascemos com
instinto de sobrevivência. Viver é nosso objetivo maior. Por isso, dentre as
mais eficientes ‘ferramentas’ de um bebê está o choro para expressar sua dor ou desconforto. Desta
forma, comunica-se com a ‘equipe’ que o recepcionou e que vai acompanhar sua
jornada.
Se
falar de suicídio de adulto é difícil, imaginem abordar o tema suicídio de
crianças e de adolescentes. A sociedade ainda refuta esta ideia. Na verdade,
parece que seus pensamentos só são voltados para brincar, comer e dormir... e
viver intensamente cada minuto.
Pais
de adolescentes que se mataram, por exemplo, tendem à negação, talvez para
refrear o sentimento de culpa.
Ainda
são precários os estudos sobre os suicídios juvenis e sua prevenção. É algo
novo e falar sobre suicídio ainda é tabu. Mas é possível afirmar que um dos principais motivos seria a falta de estrutura familiar.
Segundo o
psicólogo Rossandro Klinjey, aumentou o número de crianças e jovens vítimas de
suicídio, apesar das parcas pesquisas a respeito do tema. Ele entende que
estamos educando mal nossos filhos, deixando-os despreparados para o
enfrentamento das perdas e frustrações.
Miguel Boarati, psiquiatra da Infância e Adolescência,
explica-nos que as crianças
entendem a morte como algo transitório e reversível, que podem morrer para
encontrar alguém querido que faleceu e depois retornar a viver normalmente. E que
os adolescentes enxergam-na como uma situação definitiva; que o desejo de
morrer pode surgir a partir de uma frustração ou perda embora existam várias
outras situações patológicas como a depressão, o uso de drogas e álcool e
traços de personalidade emocionalmente instável.
Está na hora
de darmos a devida atenção a este problema. Entender que o comportamento
suicida é algo mais corriqueiro do que imaginamos.
Precisamos
observar mais assiduamente os jovens que nos cercam. Muitas vezes, eles nos dão
indicativos de suas intenções, mas – infelizmente - só percebemos quando é
tarde demais.
Ana
Echevenguá. Terapeuta Positiva.
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